13.7.09

Nossa relação com o passado








 Interessante observar a nossa relação com o passado. Não falo aqui do pretérito individual, mas como entidade coletiva. Ora é criticado como velharia, ultrapassado, fora de moda, complicado, absurdo ou tolo: “Isso já era! Que coisa mais antiga! Isso não serve mais!”


Outras vezes, aclamado, endeusado, perfeito: 'Naquele tempo...como a vida era muito melhor!...como as pessoas eram mais sábias e honestas!...como tudo funcionava bem!”


Pois é! Complicadinha essa relação e isso tão somente porque a gente esquece uma lição que foi deixada por Aristóteles há mais ou menos (sou pavorosa em datas) dois mil e quinhentos anos atrás? Bem... há alguns milênios, com certeza. Defendia ele: 'A sabedoria se encontra no equilíbrio entre dois extremos’, ou algo semelhante.




O passado, assim como o presente e quiçá (tão chique esta palavra!) o futuro, trazem coisas boas e más. Facilidades e dificuldades. Bem e mal.
O antagonismo, não está no tempo, nem na vida, nem no mundo, mas naquele que manipula todos eles: o antagônico ser humano.

3 comentários:

Bruno Marconi da Costa disse...

Olá, professora! Em primeiro lugar, há quanto tempo! Passei lá no Colégio Gama Filho, bati um papo com o Roberto e acabei relembrando os bons tempos.

Aproveitando a deixa, acho que o passado diz o que somos hoje. Eu, como estudante de História, estou sempre imerso nesse tipo de discussão, por dizer muito o papel do historiador na sociedade. A nossa relação com o passado é intensa, a ponto de tentar repetí-lo constantemente através da memória (por exemplo, feriados e comemorações). Porém, creio que o saudosismo romântico do "no passado é que era bom" guarda certo pessimismo, quase que dizendo que as coisas tendem a piorar.

Então, concordo com o que a srª disse no post. O passado é, simplesmente, o passado. Bom ou mal é como nós o vemos. Alguns vêem como sendo bom, outros como sendo mal, mas o passado está lá, já passou.

Beijos, profª! Saudades!

Unknown disse...

É engraçado como esta família (pelo menos alguns dos seus menbros esta "ligado" no passado. Acredito que qdo. o passado é visto como "veralharia" e "ultrapassado" diz respeito a um desconhecimento cultural e intelectual ( mais direto, impossível). Já este saudosismo estaria ligado a uma espectativa de vida que não se realizou - era bom e deveria ou ficar bom ou ficar melhor, no entanto, sabe Deus por que, isto não aconteceu.
Eu prefiro continuar olhando para frente, deixando o passado no passado, sem interpretações e questionamentos.Pelo menos no que diz respeito ao meu passado.
beijos

Unknown disse...

Olá Rosa,
parece que estou vendo vc falar...gostei muito deste texto coloquial.

Bjs Marilia